sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Quem tem medo de política cultural?
Em tempos de imediatismo, a política cultural esbarra cada vez no emergencial. Mas a funcionalidade do recurso é fato, sobretudo para o Brasil, que ainda não acordou para este potencial estratégico: segundo a Federação Internacional dos Professores de Francês (FDLM), a procura pelo português aumentou 20% depois do Ano do Brasil na França. No aspecto econômico, a ação veio acompanhada por um progresso do turismo de 27% e pela escolha do Brasil como o primeiro alvo dos investimentos franceses na América Latina. De acordo com artigo Ser professor de português em Paris, a brasilianista Jacqueline Penjon afirma que "a reforma no ensino na França, com a obrigatoriedade de uma segunda língua para os universitários, trouxe o interesse pelo português, sobretudo o brasileiro, como matéria optativa. O apelo do português brasileiro num país geograficamente mais próximo de Portugal é motivado, diz Jacqueline, pela imagem de simpatia do Brasil". Além disso, a especialista diz: "O português do Brasil é bem mais vocálico (ouvem-se mais as vogais), o que é mais fácil e agradável aos ouvidos do francês, enquanto o de Protugal não, pois as vogais quase não são pronunciadas". A articulação da língua portugusa no mundo favorece o Brasil, só falta agora boa vontade para reverter esse potencial em bem para os cidadãos. De boa vontade política o inferno está cheio. Mas ainda vale a pena sonhar.
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Um comentário:
Muito interessante! Mas é curioso porque a recíproca não parece ser verdadeira. Acho que aqui no Brasil, o Espanhol cresceu e o Francês acabou perdendo espaço! Uma pena! beijos
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