terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cronologia histórica de Cabo Verde

1444 – O português Dinis Dias, escudeiro de D. João, é o primeiro europeu a avistar o cabo da costa Africana a que chama Verde, devido ao seu denso arvoredo.

1456
– As ilhas de Santiago, Boavista, Maio e Sal, do arquipélago depois chamado de Cabo Verde (por ficar defronte ao dito Cabo), todas elas desabitadas, são avistadas pela primeira vez pelo veneziano Alvise de Ca da Mosto (Cadamosto) navegando ao serviço de Portugal, e ambos descobrem as restantes ilhas do arquipélago, igualmente desabitadas.

1460
– Diogo Afonso, escudeiro de D. Fernando, encontra o genovês Antônio de Nolin as águas africanas navegando ao serviço de Portugal.

1463
– Começa o povoamento das ilhas. Os primeiros capitães-donatários são Antônio de Noli e Diogo Afonso. Para os trabalhos mais pesados são levados escravos da costa Africana.

1468
– O mapa de Grazioso Benincasa já faz menção às ilhas descobertas.

1510
- As principais ilhas são arrendadas por Antônio Rodrigues Mascarenhas. Nos anos seguintes são introduzidos o milho e o coqueiro, base da alimentação local. O arquipélago torna-se base de tráfico de escravos para Europa e América.

1550
– É fundada a cidade da Praia. Surgem ataques de piratas franceses.

1586
– O corsário ingles Sir Francis Drake saqueia o arquipélago, mandado por Isabel I.

1592
– Os portugueses criam o cargo de governador de Cabo Verde.

1747
– Há registro da primeira das grandes secas que afetam periodicamente o local.

1810
– Baleeiros da Nova Inglaterra (EUA) recrutam pessoal das ilhas Brava e do Fogo.

1830
– Começa imigração de cabo-verdianos para Massachussetts e Rode Island, onde trabalham na pesca da baleia.

1876
– Fim do tráfico de escravos, arquipélago mergulhado em crise econômica.

1879
– A Guiné deixa de ser administrada a partir de Cabo Verde.

1890
– CV torna-se base de reabastecimento de carvão, água e mantimentos.

1926
– Instaurada ditadura em Portugal.

1951
– CV deixa de ser colônia e passa a ser privíncia ultramarina.
1956 – Amílcar Cabral funda o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).

1963
– Embora não haja guerra de libertação, muitos cabo-veridanos passam a combater nas matas e bolanhas de Guiné-Bissau, integrados na guerrilha do PAIGC.

1973
– Amílcar é assassinado por agentes da ditadura portuguesa.

1974
– Portugal reconquista a democracia e abrem-se negociações para independência de CV. Aristides Pereira é o presidente.

1975
– A 5 de julho CV torna-se independente. Nos anos seguintes, muitos cabo-veidanos imigraram para Portugal e para Holanda.

1981
– O PAIGC passa a ser PAICV (Partido Africano para a Independência de Cabo Verde).

1983
– CV normaliza relações com Guiné.

1986
– Aristides Pereira é reeleito presidente.

1991
– Nas primeiras eleições multipartidárias, o PAIGC perde maioria para MPD (Movimento para o Partido da Democracia). O independente Antônio Mascarenhas Monteiro (próximo do MPD) é eleito presidente.

1995
– O MPD volta a ganhar as legislativas.

1996
– Antônio Monteiro é reeleito presidente sem oposição. Uma grande seca afeta o país, que tem de importar a maior parte dos alimentos.

2001
– O PAIGC recupera a maioria parlamentar. Pedro Pires (PAIGC) é eleito presidente.

FONTE: REVISTA VISÃO, ÁFRICA 30 ANOS DEPOIS.

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