domingo, 30 de setembro de 2007
Variações do mesmo tema
Lusofoninha
De acordo com matéria publicada no Jornal do Mundo Lusíada, os gibis deverão ter uma distribuição em todo Brasil e também em Portugal. O sobrenome dele é uma alusão aos lisboetas, divulgou a assessoria de imprensa de Maurício. A proposta é a de que os leitores se divirtam com as diferenças entre o português do Brasil e o de Portugal.
sábado, 29 de setembro de 2007
Língua e guerrilha
Outra leitura da escolha do português como língua do movimento: necessidade de conhecimento técnico para o manejo do armamento usado na guerra e principalmente aos interesses do grupo dirigente (que não dominava as línguas nacionais) - para a manutenção do seu status de grupo social dominante.
Mas a realidade da guerra mostra que as línguas locais de cada região foram amplamente usadas pelas lideranças para atingirem a população. Em quase todos os discursos políticos, as línguas locais assumem um papel que jamais o português poderia ter.
Com a independência, o português foi usado como língua oficial: comunicação com a comunidade internacional (língua de unidade nacional, era o discurso vigente).
Fonte: Artigo Regina Brito e Neusa Maria Bastos, livro Comunicação e Lusofonia - para uma abordagem crítica da cultura e dos media. Editora: Campo das Letras.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Peito Vazio
Peito Vazio é uma das minhas preferidas do gênio e mestre Cartola. Vale a pena ouvir. (vídeo acima)
Erro de português
ERRO DE PORTUGUÊS (Oswald de Andrade)
Quando o português chegou
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
pierreverger.org
Em artigo do africanista Alberto Costa e Silva, Revista EntreLivros, especial Vozes da África, passagem escrita por Anita de Mello fala um pouco da obra de Pierre Verger (acima, vídeo do documentário Mensageiro entre dois mundos). Diz ela que "as relações entre Brasil e África foram muito mais complexas do que se costuma pensar, para além do tráfico de escravos. Trocas afetivas, culturais, comerciais e mesmo ideológicas se manifestaram e ainda há muito a ser descoberto. Um dos pioneiros na pesquisa sobre Brasil africano e a África brasileira, o francês Pierre Verger (1902-1996), publicou artigos e livros e fotografou durante meio século. Seu acervo fotográfico de mais de 62 mil negativos está guardado na fundação que tem seu nome, cuja sede fica em Salvador". Mais materiais podem ser encontrados em (http://www.pierreverger.org/br/index.htm).
Vale a pena conferir o documentário Pierre Fatumbi* Verger: Mensageiro..., narrado por Gilberto Gil esbanjando francês. A entrevista com Verger, que abraçou a Bahia e o Candomblé, foi feita um dia antes de sua partida deste mundo (11/02/96).
* Fatumbi: nome religioso que assumiu.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
História do Circo no Brasil
Fonte: Dicionário Temático da Lusofonia.
Receita de marmelada
Ingredientes:
1kg de marmelo limpo
1kg de açúcar
1dl de água
Preparação: Levar os marmelos cortados em pedaços ao lume com o açúcar e a água. Deixar cozer bem. Quando tudo estiver cozido, reduzir a puré com a varinha mágica, de modo a ficar uma mistura homogénea. Deixar ferver mais um pouco até atingir o ponto de estrada. Deitar em tacinhas e deixar secar com uma tampa de papel vegetal embebida em aguardente.
Uma reflexão
Tens aquilo que dás.
Acima do que sabes,
Vale aquilo que és.
Sobre a própria palavra,
Olha as ações que crias.
Mais além do que podes,
Importa o que toleras.
De tudo quanto crês,
Vale mais o que fazes.
Em tudo quanto sofras,
Guarda a fé viva em Deus.
(Emmanuel, Chico Xavier)
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Agualusa em jogo rápido
Agualusa: Imaginação é essencial, inteligência também. Esforço-me para escrever com elegância. Elegância tem a ver com simplicidade.
É possível justificar racionalmente a necessidade absoluta de escrever?
Agualusa: Nunca senti necessidade absoluta de escrever - como de comer ou fazer amor. Escrever é um prazer, não uma angústia como o cigarro para o fumador.
Dizer-se afro-luso-brasileiro é a sua melhor definição de nacionalidade?
Agualusa: Sou não-nacionalista. O nacionalismo conduz quase sempre ao ódio ao outro, quando, afinal, o outro somos sempre nós.
Acredita, como Zumbi, que o Brasil ainda não se descolonizou?
Agualusa: Precisa completar essa descolonização. Seria importante que todos os brasileiros tivessem acesso ao poder, o que não acontece ainda com as populações indígenas e de origem africana.
Que Portugal há hoje em Angola que não o do usurpador que colonizou?
Agualusa: A língua, evidentemente, o catolicismo, o futebol, o gosto pelo bacalhau e pela má-língua.
Um excepcional escritor pode ser uma má pessoa?
Agualusa: Provavelmente. Conheço torturadores em Angola, que interrogaram e torturaram presos políticos em 77, e são recebidos em Portugal como bons escritores.
Tamancada em reunião da UE
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Quero descer
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Unidos do Funk-Samba-Luso
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
Quem tem medo de política cultural?
Comunicação e lusofonia
"Em moçambique, com uma população de 19 milhões, mais de 95% dos seus habitantes têm uma das 23 línguas da família bantu como sua língua materna. Segundo relatório estatístico de 1990, menos de 10% dos moçambicanos com idade superior a 5 anos falam português. Falar português em Moçambique significa uma minoria, em termos numéricos, quem teve acesso à educação (25%) e residir nas zonas urbanas. Desde 1500 a língua portguesa tem convivido com as línguas nacionais, nem semper de forma prática, tendo inclusive alcançado o estatuto mais alto que uma língua pode alcançar, o de língua oficial e apelidado como língua de unidade nacional".
O céu
É uma m´abenga
Onde todos os braços das mamanas
Repisam os bagos de estrelas.
Amigos:
As palavras mesmo estranhas
Se têm música verdadeira
Só precisam de quem as toque
ao mesmo ritmo para serem
todas irmãs.
E eis que um espasmo
De harmonia como todas as coisas
Palavras rongas e algarvias ganguissam
Neste satanhoco papel
E recombinam o poema.
(Craveirinha, 1974)
Palavras - m´abenga: pote de barro, mamanas: mulheres, gangussam: namoram, satanhoco: coisa que não presta.
FONTE: Martins, Moisés de Lemos; Sousa, Helena e Cabecinhas, Rosa (2006). Comunicação e lusofonia: para uma abordagem crítica da cultura dos mass media. Universidade do Minho, Campo das Letras, Porto.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
Política cultural e o passado histórico triangular
Temas levantados:
Economia angolana, corrupção e fé na iniciativa privada
A entrevista é feita por Tânia Reis Alves:
* Como está a economia angolana?
Bem, a taxa de inflação desceu 7,5% e Angola é neste momento um dos países com maior crescimento no mundo.
* Os chineses estão a investir fortemete em Angola. Não tem medo que eles possam monopolizar a economia angolana?
O investimento chinês tem as mesmas características que o da Alemanha e de Portugal. Angola é neste momento um país em reconstrução em que há necessidades imensas e todo o dinheiro que a China possa investir será pouco para suprir as necessidades.
Há duas formas de ajudar as pessoas. Uma é a visão muito tributária do Estado-providência, onde o Estado coloca ao cidadão importâncias em dinheiro. Não é esta a nossa visão. Nós preferimos desenvolver Angola, dar a possibilidade às pessoas de terem um emprego. Modernizar o país.
É preciso reabilitar as infra-estruturas. Não tenhamos ilusões, sem estrada não tem agricultura, nem comércio, nem construção. Portanto, a visão do governo angolano não é distribuir dinheiro para as pessoas. É criar condições para que a economia se desenvolva e o setor privado possa desempenhar o seu papel.
* Há corrupção em Angola?
A corrupção é um fenômeno a que nenhuma comunidade moderna está imune. Há corrupção em Angola como existe em outros países do mundo. O que é importante é criarmos mecanismos para combatê-la. E uma das formas de combater a corrupção é erradicar a pobreza. Dar condições aos cidadãos, só assim se combate a pobreza de maneira sustentada. E é isto que está em curso em Angola. Aperfeiçoamos os métodos de fiscalização do dinheiro público. Temos um Tribunal de Contas a funcionar e estamos a reforçar os órgãos judiciais.
* Como classificaria as relações econômicas entre Portugal e Angola?
As relações são boas. Portugal criou recenemente uma linha de credito para apoio ao investimento português em Angola. São iniciativas que nos dizem que estamos numa boa direção no sentido de reforço de cooperação.
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
A Hora Brasileira na Emissora Nacional de Lisboa
“A Emissora Nacional recomeça esta noite a irradiar a sua Hora Brasileira.
(...) O parentesco, a língua, a formação moral e religiosa, o mesmo estilo de vida doméstica e social já por si garantiam a proximidade dos nossos destinos políticos.
Somos e continuaremos a ser, em um mundo moral e materialmente devastado pela guerra, em um mundo eriçado de ódios, prevenções e suspeitas, o exemplo de quanto pode o império das mesmas origens étnicas, sentimentais e culturais, quando para sua sobrevivência e engrandecimento trabalham os povos e os homens de boa vontade.
(...) A poesia do Brasil brotou das nascentes do vosso Parnaso, ganhou ao sol do Novo Mundo o esplendor tropical das nossas flores, mas nunca perdeu aquele fundo lírico que é a glória e o segredo da inspiração lusitana”.
O Brasil, com certeza, já não vive mais na sombra do mito da colonização, apesar dos reflexos dela.
terça-feira, 11 de setembro de 2007
O silêncio do Cinema em Timor Leste
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
Visões de Angola
“Nós já nascemos globalizados. Os povos africanos falam línguas dos ex-colonizadores, acreditam num Deus que não tem nada a ver com as crenças da região e implementaram sistemas politicos criados muito longe deles”. (Fernando Alvim, Diretor da Trienal de Luanda)
“As lideranças angolanas mostraram-se incapazes de criar um modelo de desenvolvimento. Do que é que elas falam? Modernização acelerada. Seja a que custo for. Mas um desenvolvimento muito rápido significa descontrole, porque não temos infra-estrutura para acompanhar tamanha velocidade. Será com naturalidade que os estrangeiros vão tomar conta do processo, com custos politicos e sociais muito sérios para Angola. Já não espero nada deste país para mim. Será tudo para os meus netos”. (Fernando Pacheco, Fundador da Associação para o Desenvolvimento Rural de Angola).
“Os sucessos reconhecidos no domínio macroeconômico não são suficientes para dar substância à reconciliação nacional enquanto houver fome, miséria e riqueza concentrada em Luanda”. (Alves da Rocha, Universidade Católica de Angola).
“Só em Angola o regime socialista foi desmontado pelos seus principas promotores. Elas continuaram (…) José Eduardo dos Santos pode ser um ditador, mas não o vejo como um sanguinário. O que ele e o MPLA fazem é comprar cabeças quando se tornam incômodas, mantendo esse sistema de fantochada democrática sem o endurecer – uma ‘ditamole’”. (José Eduardo Agualusa, escritor).
domingo, 9 de setembro de 2007
A face exposta da língua portuguesa
"Quando em 1975 cheguei pela primeira vez ao Brasil – e quando me iniciei na experiência surpreendente de atravessar os mares e continuar a ouvir a minha língua – o Celso era o meu único amigo brasileiro.
O mundo da língua portuguesa é vasto e diversificado. Com a diversidade decorrente da distribuição geográfica se entrecruzavam os problemas sócio-lingüísticos, resultantes do uso da língua nos diferentes meios sociais.
Nesse contexto se compreende a importância atribuída por Celso Cunha a um Acordo Ortográfico. A sua ausência na comissão que, em 1986, discutiu no Rio de Janeiro a concretização do Acordo ficou a dever-se ao fato de, nessa ocasião, ainda não ter tomado lugar entre os imortais.
Mais tarde, em debate entre portugueses e brasileiros, confirma: estou plenamente de acordo com a unificação ortográfica. (...) Num espaço geográfico tão grande, não é possível que haja variações de código escrito".
sábado, 8 de setembro de 2007
O nó do enlace nos ritos de passagem
Revista Claridade, uma voz de Cabo Verde
O ideário dos participantes do projeto era o de promover uma renovação com foco nos temas culturais e sociais, na defesa das raízes mais profundas do povo.
Segundo Manuel Lopes, renovar não é criar nova alma, mas procurar reencontrá-la em meio a lugares-comuns que a inércia estratificou e adaptá-las às condições de vida de seu tempo. Arrancar a alma viva do acervo de experiências cristalizadas - eis o que Claridade tentou.
Fonte: Laranjeira, Pires (1995). As literaturas africanas de língua portuguesa. Universidade Aberta, Lisboa.
Festa do PCP
Mas no Norte há também o proletariado industrial revolucionário de gloriosas tradições, há os pescadores, há a população do Porto.
O povo vencerá. Salvaguardaremos as liberdades, construiremos em Portugal um regime democrático e caminharemos para o socialismo, até pormos definitivamente fim na nossa terra à exploração do homem pelo homem.
Viva a Revolução Portuguesa!
FONTE: Cunhal, Álvaro (1976). Documentos Políticos do Partido Comunista Português, A crise Político-Militar. Edições Avante! Lisboa.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
A sabedoria sexual do Kotá Kadéla
No Kotá Kadéla, ritual que quer dizer saracotear as ancas, a avó, preocupada com o futuro da neta quando esta passar a viver com um homem, no intuito de fazê-la conquistar seu carinho, ensina-lhe da seguinte forma o Kotá Kadéla:
Estende uma esteira no quintal, onde ambas se deitam (avó e neta). Então a avó simula o ato sexual perante a neta, saracoteando as ancas de várias maneiras, pedindo depois à adolescente que a imite. Segundo a tradição, a jovem, ao ir viver com seu homem, tem de se preparar de modo a conquistar seu amor e carinho.
Bom, pelo visto, a consultora amorosa Nelma Penteado morreria de fome em STP.
Fonte: Dicionário Temático da Lusofonia, Texto Editores.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Genética SuperStar
A Família SuperStar é uma espécie de Ídolos que a SIC lançou no último domingo. A idéia não é só descobrir um talento nacional, mas um verdadeiro intento genético de encontrar a família mais artística de Portugal. A maioria dos participantes cantou músicas em inglês, infelizmente. Poucos cantaram canções lusitanas, ninguém sequer arriscou um fado. E, com tanto repertório de música boa brasileira, aparece uma alma perdida cantando "Garçon" (o figura do vídeo).
Moçambique: entre a Commonwealth e a CPLP
De todas essas inserções, chama atenção a presença do país na comunidade britânica, único de língua portuguesa. O Secretariado da Commonwealth é uma associação voluntária de 53 Estados soberanos. Todos os Estados-membros, com exceção de Moçambique, estiveram direta ou indiretamente sob o domínio britânico ou mantiveram vínculos administrativos com outro país da Commonwealth.
DirectoLuso: Para CPLP e Commonwealth, nomeadamente, quais os ganhos e perdas desse triângulo de relacionamento?
DirectoLuso: Moçambique encontra na Commonwealth o apelo financeiro que falta na CPLP?
J.E. : Não tenho informações precisas, mas penso que sim. Um dos países de expressão portuguesa com quem Moçambique mantém laços muitos estreitos é, contrariamente ao que possa parecer, o Brasil. Não se passa o mesmo em relação aos País Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) e Portugal.
DirectoLuso: Como a opinião pública enxerga Moçambique na CPLP e na Commonwealth?
DirectoLuso: O que mudou nas oportunidades de negócio com a entrada de Moçambique na Commonwealth e na CPLP?
DirectoLuso: Entre 2016 a 2018 existe a previsão de criação de uma moeda única e a União Monetária da SADC como desenvolvimento do processo de integração regional. O que isso representa pra Moçambique e como fica a partir deste fato, concretizado, a relação com as duas comunidades? A diversificação de parcerias de Moçambique seria crucial nesse momento?
DirectoLuso: Sendo um país que guarda uma história de inspiração socialista, que resquícios de sistema esbarram com os conceitos de livre comércio?
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Cronologia histórica de Cabo Verde
1456 – As ilhas de Santiago, Boavista, Maio e Sal, do arquipélago depois chamado de Cabo Verde (por ficar defronte ao dito Cabo), todas elas desabitadas, são avistadas pela primeira vez pelo veneziano Alvise de Ca da Mosto (Cadamosto) navegando ao serviço de Portugal, e ambos descobrem as restantes ilhas do arquipélago, igualmente desabitadas.
1460 – Diogo Afonso, escudeiro de D. Fernando, encontra o genovês Antônio de Nolin as águas africanas navegando ao serviço de Portugal.
1463 – Começa o povoamento das ilhas. Os primeiros capitães-donatários são Antônio de Noli e Diogo Afonso. Para os trabalhos mais pesados são levados escravos da costa Africana.
1468 – O mapa de Grazioso Benincasa já faz menção às ilhas descobertas.
1510 - As principais ilhas são arrendadas por Antônio Rodrigues Mascarenhas. Nos anos seguintes são introduzidos o milho e o coqueiro, base da alimentação local. O arquipélago torna-se base de tráfico de escravos para Europa e América.
1550 – É fundada a cidade da Praia. Surgem ataques de piratas franceses.
1586 – O corsário ingles Sir Francis Drake saqueia o arquipélago, mandado por Isabel I.
1592 – Os portugueses criam o cargo de governador de Cabo Verde.
1747 – Há registro da primeira das grandes secas que afetam periodicamente o local.
1810 – Baleeiros da Nova Inglaterra (EUA) recrutam pessoal das ilhas Brava e do Fogo.
1830 – Começa imigração de cabo-verdianos para Massachussetts e Rode Island, onde trabalham na pesca da baleia.
1876 – Fim do tráfico de escravos, arquipélago mergulhado em crise econômica.
1879 – A Guiné deixa de ser administrada a partir de Cabo Verde.
1890 – CV torna-se base de reabastecimento de carvão, água e mantimentos.
1926 – Instaurada ditadura em Portugal.
1951 – CV deixa de ser colônia e passa a ser privíncia ultramarina.
1956 – Amílcar Cabral funda o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
1963 – Embora não haja guerra de libertação, muitos cabo-veridanos passam a combater nas matas e bolanhas de Guiné-Bissau, integrados na guerrilha do PAIGC.
1973 – Amílcar é assassinado por agentes da ditadura portuguesa.
1974 – Portugal reconquista a democracia e abrem-se negociações para independência de CV. Aristides Pereira é o presidente.
1975 – A 5 de julho CV torna-se independente. Nos anos seguintes, muitos cabo-veidanos imigraram para Portugal e para Holanda.
1981 – O PAIGC passa a ser PAICV (Partido Africano para a Independência de Cabo Verde).
1983 – CV normaliza relações com Guiné.
1986 – Aristides Pereira é reeleito presidente.
1991 – Nas primeiras eleições multipartidárias, o PAIGC perde maioria para MPD (Movimento para o Partido da Democracia). O independente Antônio Mascarenhas Monteiro (próximo do MPD) é eleito presidente.
1995 – O MPD volta a ganhar as legislativas.
1996 – Antônio Monteiro é reeleito presidente sem oposição. Uma grande seca afeta o país, que tem de importar a maior parte dos alimentos.
2001 – O PAIGC recupera a maioria parlamentar. Pedro Pires (PAIGC) é eleito presidente.
FONTE: REVISTA VISÃO, ÁFRICA 30 ANOS DEPOIS.
Força na peruca!
domingo, 2 de setembro de 2007
África, Portugal, Indonésia e China no borogodó da comida timorense
O maior tratado de gastronomia timorense foi publicado em 1998 por Natália Carrascalão, apontando quer os sinais da influência portuguesa e, parcialmente, indonésia, quer as tendências muito próprias de Timor, marcadas pelos seus regionalismos e pelas suas diferentes etnias e culturas.
A comida timorense é hoje preparada com toques de África, Portugal, Indonésia, China - influências marcantes que permitem variar dos peixes secos da vizinha Indonésia e dos condimentos dos pratos africanos, para os mais rústicos traços portugueses.
Arroz, coco, papaia, amendoim e muito piri-píri (pimenta) são ingredientes essenciais para quase todos os pratos. Experiências que vão desde o saboko de camarão - com leite de coco e tamarindo a dar um toque especial com marisco grelhado - ao sassate de cabrito, receita em que é evidente o recurso da soja, tão comum na cozinha chinesa. Ou que passam pelo batarda'an, prato idêntico à cachupa africana.
Cabrito, peixe seco, galinha e porco são regulares, ainda que o uso das folhas de papaia, o milho, a mandioca, os legumes e o arroz sejam marca especial da comida timorense. A banana, o ananás e a papaia evidenciam-se nas sobremesas, com a influência dos coloridos doces indonésios.
Fonte: Cristóvão, F. (dir. e coord), Amorim, M.A., Marques, M..L.G., Moita, S.B. et alii (2006). Dicionário Temático de Lusofonia. Lisboa, Associação de Cultura Lusófona, Texto Editores.
sábado, 1 de setembro de 2007
Feira em Vilar de Perdizes é destino do desconhecido
Mais interessante é a cobertura jornalística. Em REPORTAGEM DA SIC a repórter tenta entrevistar uma menina que acaba de sair de uma consulta a uma vidente. Infelizmente, o diálogo não conseguiu acrescentar muito:
Repórter: O que as cartas te disseram?
Menina: Não posso dizer, senão já não era só pra mim.
Repórter: Foi bom?
Menina: Há coisas boas e coisas más, não é? Na vida não é sempre tudo bom.
Repórter: Achas que acertou em alguma coisa?
Menina: Ah, isso sim, acertou.
No meio da matéria, cada vez mais pitoresca, aparece uma placa dizendo "Licor Levanta o pau", e o contato da pessoa que vende. E terminando a repórter faz um brinde com o Chupito do amor, bebida que tem como indicação tornar as pessoas mais românticas.
Receitinha pra animar:
(fonte: http://culinaria.weblog.com.pt/arquivo/111508.html)
LICOR DE MENTA - LEVANTA O PAU:
60 folhas de menta
algumas sementes de anis
1 litro de aguardente
1 litro de água
1 kg de açúcar
PREPARAÇÃO:
Devem-se deixar em maceração todos ingredientes aproximadamente 45 dias, agitando bem de 5 em 5 dias. Depois deve-se coar todo o preparado e estará pronto a ser bebido.
Para ti Maria (Xutos e Pontapés )
De Bragança a Lisboa são nove horas de distância
queria ter uma avião para lá ir mais a miúda
Dei cabo da tolerância
rebentei com três radares
só para te ter mais perto
só para tu me dares
E saiu agora, e vou correndo
e vou-me embora, e vou correndo
já não demora, e vou correndo para ti
Maria, Maria
Outra vez vim de Lisboa
num comboio azarado
nem máquina tinha ainda
e já estava atrasado
Dei comigo agarrado
ao porteiro mais pequeno
e por-te a sentir a esperar e bolando-te no feno
E saiu agora, e vou correndo
e vou-me embora, e vou correndo
já não demora, e vou correndo para ti
Maria, Maria
Seja de noite ou de dia
trago sempre na lembrança
a cor da tua alegria
o cheiro da tua trança
De Bragança a Lisboa são nove horas de distância
queria ter um avião para lá ir mais a miúda
E saiu agora, e vou correndo
e não demora, e vou correndo
e vou-me embora, e vou correndo para ti
Maria, Maria
Maria, Maria