O livro Filhos da mãe, de Maria Belo, coloca a cultura portuguesa no divã. "Os portugueses comportam-se como povo que teve mãe, mas é órfão de pai (...) E esta explicação poderia ter desenvolvimento psicanalítico."
(António José Saraiva). Não li o livro, mas a idéia é interessante. De acordo com o blog http://literaturaemanalise.blogspot.com/, a tese aponta que a portuguesidade é a ordem da "ausência do pai", desde o nascimento da Portugal, com D. Afonso Henriques, passando pela partida dos homens para os "Descobrimentos" e pela emigração clandestina durante a ditadura salazarista.
"Como se quem tivesse partido não fossem os homens, mas algo de essencial com eles, esse objecto primitivo feito em seguida objecto patriótico. Como se a percepção inicial do pai real, o pai da estrutura, fosse a de um objecto perdido com o qual não temos relação, desde sempre e definitivamente Outro. Como se essa percepção da perda desse 'intimo-estranho', que caracteriza para os humanos o pai real, fosse duplicado pela ausência física e simbólica do pai. E não restasse senão um pai imaginário e todo poderoso." (Maria Belo - Filhos da Mãe)
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2 comentários:
Isso é desculpa esfarrapada de Português para explicar a falência da terrinha!!! : ))) beijo
Aaaaaaaai n sei se eh caô ou n, mas eu adoro uma psicologia de revista, risos... parece ateh q a pessoa analisada eh mais complexa, interessante, misteriosa qdo na verdade eh soh frescura... ou um desequilíbrio de lítio... :]
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