quinta-feira, 29 de março de 2007

Cartaz xenófobo em Lisboa manda a gente ir pra casa

"Portugal aos portugueses" é o que conclama vergonhosamente o Partido Nacional Renovador (PNR) em cartaz xenófobo posto em um dos principais pontos de Lisboa, praça do Marquês de Pombal. Além do lema da foto ("Basta de imigração, nacionalismo é a solução"), o material - que como álibi "confunde" nacionalismo com patriotismo, sendo uma manifestação autoritarista - mostra a figura de um avião com a legenda "façam uma boa viagem". Pior é que, ao que consta, segundo matéria da SIC, o cartaz ficará exposto até o final do mês por vontade do partido. Diz o texto no jornal online que o "ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, fez saber que o caso está a ser analisado, a fim de se verificar se há ou não crime de discriminação". Será que é preciso mesmo submeter esse caso a uma análise se o recado está mais do que dado? O partido alega que é uma forma de protesto contra políticas de governo que desprotegem os portugueses.

Ainda este mês, vale lembrar, matéria publicada no Jornal de Notícias diz que Portugal teria perdido riqueza sem imigrantes. "A economia portuguesa teria tido um crescimento negativo se não tivesse recebido o contributo de milhares de imigrantes que vieram trabalhar para Portugal, entre 1995 e 2005. Nesta década, a riqueza produzida por cada uma das pessoas que vive em Portugal (PIB/per capita) aumentou ao ritmo de 1,6% a cada ano, mas só porque recebeu o contributo de trabalhadores vindos de países terceiros. Sem contar com o efeito da imigração, em 2005 Portugal estaria mais pobre do que estava dez anos antes, indica um estudo feito pela Caixa Catalunya divulgado pela imprensa espanhola".

Fontes de referência:

http://sic.sapo.pt/online/noticias/pais/20070329_cartaz+xenofobo.htm

http://jn.sapo.pt/2006/08/30/primeiro_plano/portugal_teria_perdido_riqueza_imigr.html

quarta-feira, 28 de março de 2007

Sons do cotidiano

O cotidiano em toda parte é o grande laboratório das percepções. Às vezes estou distraída, em outro universo, quando uma expressão que escuto no ônibus, na rua, na TV, me traz de volta de maneira instantânea. Nessa antena natural tenho percebido algo comum aos portugueses: uma tendência ao pleonasmo no falar - nesse caso, mais que vicioso. Já captei de tudo, subir pra cima, entrar pra dentro, puxa pra cima, empurra pra baixo, encosta pra trás e por aí vai (algumas destas expressões não são caracterizadas como pleonasmo, mas nas situações que presenciei eram totalmente dispensáveis como complementos). Também me parece haver uma inclinação ao exagero. Hoje, por exemplo, caiu uma chuva fina, que deve ter durado uns 15 minutos. Atravessando a rua, no entanto, ouvi uma senhora ao telefone dizer "choveu torrencialmente". Bom, vai ver foi justamente nesse espaço de tempo que eu estava na matrix lusitana e nem sequer me molhei.

Pleonasmos literários:

"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal"
(Fernando Pessoa)

"O cadáver de um defunto morto que já faleceu"
(Roberto Gómez Bolaños)

"Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quanto em visão com os da saudade via."
(Alberto de Oliveira)

terça-feira, 27 de março de 2007

China e Países Lusófonos

O escritório permanente do Fórum de Cooperação Econômica e Comercial entre China e Países Lusófonos informou que o comércio bilateral ultrapassou, em 2006, US$ 34 bilhões, aumentando 50% em comparação com o ano anterior.

Segundo se informou, a China importou, no ano passado, US$ 24,29 bilhões dos países lusófonos, com um aumento de 43,1% em comparação com o ano anterior. Além disso, as exportações da China dos países lusófonos atingiram, no ano passado, US$ 19,79 bilhões, aumentando 57,4% em comparação com o ano anterior.

Fonte: http://portuguese.cri.cn/101/2007/03/22/1@64209.htm (China Rádio Internacional)

Cidadania Lusófona pode ser caminho para uma real comunidade

Muito se fala em cidadania lusófona (CL) como um dos principais obetivos da CPLP. Mas o que quer dizer a expressão?

De acordo com o Dicionário temático da lusofonia, a CL não poderá ser uma cidadania no sentido tradicional e rigoroso do termo (de vínculo do indivíduo a um Estado), mas uma cidadania de segundo grau ou um múltiplo da cidadania, cujo âmbito subjetivo se delimita indiretamente a partir de uma cidadania de primeiro grau. Seria semelhante à cidadania européia - serão cidadãos lusófonos todos os indivíduos que possuam a cidadania de primeiro grau de qualquer um dos oito Estados da CPLP. Além dos benefícios evidentes, a CL pode reforçar a mobilidade dos indivíduos nos países de língua portuguesa. No entanto, não existe ainda um estatuto jurídico do cidadão lusófono de alcance multilateral que vincule os tais países. O que existe no momento sobre a CL são trabalhos preparatórios, negociações diplomáticas, mas, sobretudo, concretizações parcelares desta idéia: a cidadania luso-brasileira, o estatuto de cidadão lusófono, um conjunto de cinco acordos internacionais em matéria de vistos de entrada e controlos fronteiriços, todos assinados em Brasília em 2002 para facilitar a mobilidade no espaço da CPLP.

**Cristóvão, Fernando (dir. e coordenação), Amorim, Maria Adelina, Marques, Maria Lúcia Garcia, Moita, Susana Brites e outros. Dicionário Temático de Lusofonia. Associação de Cultura Lusófona. Texto Editores, 2006.

sábado, 24 de março de 2007

Tributo a Roberto Leal

Somente depois de três meses em Portugal tive a oportunidade de ligar a TV e ver Roberto Leal em um programa. Uma geração inteira cresceu no Brasil tendo seu trabalho como referência da música portuguesa. Roberto Leal deve ser o maior caso de política cultural existente nos últimos tempos no eixo Pt-Br. No entanto, muito pouco se fala dele por aqui. E, acreditem, ele continua o mesmo, como em suas aparições no Viva a noite em que competia com a então vasta cabeleira loura de Gugu, abrindo caminho depois para Walter Mercado. Muito assuntei sobre Leal com os portugueses e realmente ele virou lenda somente no Brasil, que o acolhe desde sempre. Roberto, arrebita! (Juju, essa foi pra você!)

Alguns serviços relacionados:


Fotos com artistas

Letras de música

Vida e obra

Site oficial em construção

Fã clube virtual
< Notícias

Roberto Leal vira caso diplomático

Leal escolhe Brasil para comemorar aniversário

Roberto pelos caminhos do Senhor

quinta-feira, 22 de março de 2007

Assembléia Parlamentar lusófona

Deu no Jornal Mundo Lusíada matéria da Agência Senado:

Renan Calheiros discute criação da Assembléia Parlamentar dos Países da Língua Portuguesa

Secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), embaixador Luís Fonseca, afirmou que o presidente Renan prometeu apoio ao projeto que prevê a criação da assembléia e informou que a proposição já está em discussão no Conselho de Ministros em Portugal. O embaixador disse ainda que um dos objetivos da CPLP é a coordenação diplomática da ação desses países na Organização das Nações Unidas (ONU).


Uma demonstração dessa coordenação diplomática é o apoio que, segundo Luís Fonseca, todos os países de língua portuguesa manifestam à reivindicação brasileira por um lugar no Conselho de Segurança da ONU. O embaixador citou também a luta dos paises membros da CPLP pelo reconhecimento na ONU do Timor Leste como país independente.
Por sua vez, o embaixador Lauro Moreira disse que o fato de quatro, de cada cinco pessoas que falam português no mundo, serem brasileiras já define o grau da responsabilidade do Brasil na CPLP.



Lauro Moreira lembrou que a CPLP começou a ser criada em 1989 pelo então presidente José Sarney com uma reunião dos chefes de Estado da Língua Portuguesa em São Luís, quando foi constituído o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, hoje um órgão da CPLP.


quarta-feira, 21 de março de 2007

Salve, salve Ju

Hoje é aniversário da minha amiga e irmã Juliana Braga! Guerreira por me aturar em praticamente 10 anos de amizade, aprendi muito com sua visão de mundo e maneira de interpretar a vida.

Ju, gostaria muito de estar aí pra ter dar um abraço, mas saiba que estou torcendo pela tua vitória e felicidade. Um beijo sincero da amiga Ziza. Feliz niver, fica com Deus. Aí vai um poema pra nós:

Assim eu vejo a vida

A vida tem duas faces: Positiva e negativa
O passado foi duro mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.

(Cora Coralina)

terça-feira, 20 de março de 2007

Barbearia em Lisboa empolga bigodudos e cabeludos

Em "Para além da esquerda e da direita" Anthony Giddens diz que estamos em uma época na qual a modernidade ultrapassou os seus próprios limites. Vanguardista ou conservadora, uma barbearia em Lisboa está levando bigodudos e cabeludos pra além da empolgação. Na porta diz Proibida a entrada de menores de 18 anos. Isso porque lá dentro todos os serviços de barba, cabelo e bigode são feitos com atendentes que trabalham em trajes íntimos. A matéria deu no jornal da SIC, mas o conteúdo é exclusivo para assinantes. No entanto, é possível ver a chamada no link http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/?p=4. O texto diz "clientes têm serviço especial". O repórter entrevistou donos de barbearias da concorrência, que estão inconformados com a nova modalidade que, pelo visto, não deixará barba sobre barba. Ou deixará?

quarta-feira, 14 de março de 2007

Olhos em absurdo

No final de março sai o resultado de votação feita pela RTP (Rádio e Televisão de Portugal) que pergunta quem é a personalidade mais marcante da história de Portugal? O processo de escolha começou em outubro passado e boa parte da população parece estar estarrecida com o aparecimento do ditador Salazar entre os finalistas, antes até mesmo de Fernando Pessoa e Camões, que eternizaram o país.

Pelo visto, não é só no Brasil que coexiste a mentalidade absurda de sentir saudade do tempo da ditadura. Você já pensou em quem votaria se fizessem uma eleição do maior simbolo brasileiro de todos os tempos?

A lista em Portugal é D. Afonso Henriques (rei), Álvaro Cunhal (político), António de Oliveira Salazar (ditador), Aristides de Sousa Mendes (diplomata), Fernando Pessoa (poeta), Infante D. Henrique (estadista), S. João II (rei), Camões (poeta), Marquês de Pombal (estadista), Vasco da Gama (navegador).

O varapau e o trinca-espinhas

São mesmo pérolas do idioma comum algumas expressões, como as encontradas no “Dicionário Contrastivo Luso-Brasileiro”(Mauro Villhar). Não sei se ainda ecoam por aí, posto que a edição do livro também está esgotada, mas vale a pena o registro:

Falhar vrb. em Portugal, dar em pantana (s), dar em águas de bacalhau.

Língua s.f. em Portugal, capacho, badalo * dar com a língua nos dentes espalhar-se, soprar, bufar * língua de sapato orelha de sapato.

Rosto (ô) s.f. cara, trombil, belfas, tromba, bitácula.

Solução s.f. * ser de solução difícil ou penosa em Portugal, dar água pela barba.

Sussurrar vrb. em Portugal, bichanar.

Susto s.m. em Portugal, calor. Tomar um susto, em Portugal, tomar um calor.

Sem-vergonha adj. S. 2g. em Portugal, mariola, artola (s), ciganão, marau, debochado, magano, ribaldo.

Varapau s.m. em Portugal, trinca-espinhas (pessoa alta e magra)

Vencer vrb. em Portugal, limpar o sebo.

segunda-feira, 12 de março de 2007

A pedalar com Wando

Me chamou atenção a seqüência de músicas de uma aula de spinning (aqui cycle). Tudo bem, fiquei contente de ouvir canções brasileiras, mas a mistura foi realmente um desafio ao relativismo cultural: Vanessa da Matta - Ai ai ai, Los Hermanos - Ana Júlia, Ney Matogrosso - Homem com H e, pra encerrar, Wando - Fogo e Paixão. Confesso que nunca imaginei pedalar ao som de meu iaiá, meu ioiô. E todo mundo cantando (claro, eu também).

Gostaria de ouvir músicas portuguesas e africanas em nossas rádios. É uma pena que o Brasil não oferece essa abertura. Gostei de um hip hop português de um grupo chamado Da Weasel, o nome é Dealetos da ternura. Quem quiser conferir o som está no link abaixo. Mas só de ouvido não consegui entender boa parte da letra, mesmo sendo a nossa mesma língua portuguesa.




História do grupo: nascem em meados de 1993, como um projecto 100% em inglês e numa onda experimentalista. Um ano depois, dá-se a primeira aventura discográfica do grupo com o EP "More Than 30 Motherfs". Não demoraria mais de um ano, para que editassem o primeiro álbum – "Dou-lhe com a Alma" – que é, simultaneamente, a primeira gravação de hip-hop de uma banda portuguesa; um trabalho em que se assinala a transição para o português como língua dominante.

(fonte: www.daweaselonline.com/)

sábado, 10 de março de 2007

Surfistinha dá o que falar em Portugal

A literatura brasileira deve estar mesmo na crista da onda em Portugal com o livro de Bruna Surfistinha, que na capa tem como subtítulo "O diário secreto de uma garota de programa brasileira". Nas livrarias que percorri o livro aparece em todas as vitrines e, em Lisboa, dividia área de destaque até mesmo com Saramago.

Não sei se no original traz na capa que é uma menina brasileira ou se é só na versão Europa. Mas o livro deu mesmo o que falar por aqui. Outro dia peguei um táxi (coisa rara, pois vida de bolsista é "perrengar") e assim que o motorista percebeu a brasilidade do meu verbo veio com o comentário: você viu aquela menina brasileira que lançou um livro dizendo que durante X tempo esteve com X homens? Para divulgar o lançamento do livro em Portugal, a Editora deixou pelas ruas fotos polaroids de Surfistinha, com o seguinte texto escrito à mão: "Queres saber mais sobre mim? Vai a.... e fornecia o site.

A cultura portuguesa no divã

O livro Filhos da mãe, de Maria Belo, coloca a cultura portuguesa no divã. "Os portugueses comportam-se como povo que teve mãe, mas é órfão de pai (...) E esta explicação poderia ter desenvolvimento psicanalítico."
(António José Saraiva). Não li o livro, mas a idéia é interessante. De acordo com o blog http://literaturaemanalise.blogspot.com/, a tese aponta que a portuguesidade é a ordem da "ausência do pai", desde o nascimento da Portugal, com D. Afonso Henriques, passando pela partida dos homens para os "Descobrimentos" e pela emigração clandestina durante a ditadura salazarista.

"Como se quem tivesse partido não fossem os homens, mas algo de essencial com eles, esse objecto primitivo feito em seguida objecto patriótico. Como se a percepção inicial do pai real, o pai da estrutura, fosse a de um objecto perdido com o qual não temos relação, desde sempre e definitivamente Outro. Como se essa percepção da perda desse 'intimo-estranho', que caracteriza para os humanos o pai real, fosse duplicado pela ausência física e simbólica do pai. E não restasse senão um pai imaginário e todo poderoso." (Maria Belo - Filhos da Mãe)

Mais um suspiro do acordo ortográfico

Deu na Agência Lusa. "Secretário da CPLP vai acelerar acções para ratificar acordo ortográfico. São Paulo, Brasil, 10 Mar (Lusa) - O secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), embaixador Luís Fonseca, afirmou no Brasil que planeia acelerar as acções necessárias para a ratificação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa".

No dia 16 de dezembro de 1990 foi assinado, em Lisboa, por representantes de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Com base no projeto de texto de ortografia unificada, o documento teve aprovação da Academia de Ciências de Lisboa e da Academia Brasileira de Letras (ABL), que desenvolveram o documento desde 1986. Para redigir o projeto de Ortografia Unificada foi formada uma comissão integrada para cada país, tendo no Brasil como representantes Antônio Houaiss e Nélida Piñón. Em 1991, o AO foi ratificado pelo parlamento português; no Brasil, a aprovação do Senado só se deu em 1994. (Houaiss, Antônio. A nova ortografia da Língua Portuguesa. Editora Ática).


Há alguns anos tentei entrevistar o diretor do Instituto Antônio Houaiss, Mauro Villar, sobre o tema para uma pesquisa de final de curso. Mas infelizmente não pude ser recebida. Procurei então a escritora e ex-presidente da ABL (gestão de 1997), Nélida Piñon, que declarou ser o AO “um documento muito bonito”. E disse ainda que para ela fora válido na ocasião o convívio com Antônio Houaiss, assim como com os demais participantes. E que, no entanto, não houve um envolvimento maior de sua parte nesta ação. Perguntei assim como se deu sua escolha para representar o Brasil, ela contou que o então presidente da ABL, Austregésilo de Athayde, se encantou por sua obra e a indicou para tal missão. “Eu tomei posse na ABL em 3 de maio de 1990, era o mais recente membro, e o presidente então fascinado comigo me designou para a função. Sobre o AO, o que posso dizer é que o Congresso português aprovou logo, mas o brasileiro não deu muita importância para o assunto e os portugueses levaram a questão adiante”, disse a imortal na ocasião.

São nada menos que 60 anos de tentativas malogradas de consolidar o acordo ortográfico. Os que concordam falam de sua necessidade pela unificação do mercado editorial e da linguagem de documentos, os que desaprovam acreditam que seria uma camisa de força para o idioma.

quinta-feira, 8 de março de 2007

O verdadeiro mestre lingüiça

Se o computador é uma extensão do sistema nervoso central e a roda uma extensão do pé, o "candidato chouriço” deve ser uma extensão da troca de voto por dentadura. João Seco Magalhães é presidente da Junta de Freguesia de Maximinos (apoiado pelo PS de Braga).

Em 2005 conseguiu se reeleger ao referido cargo com a "estratégia" de deixar nas caixas de correio de seus potenciais eleitores uma lingüiça (ou chouriço, aqui em Portugal) embalada a vácuo com sua imagem. Antes, porém, consta que este senhor - em campanha - fazia doações de eletrodomésticos a famílias necessitadas. Pelo visto o barateamento do brinde funcionou, apesar de ter sido alvo de piadas, como encontrada em um blog português: "A coragem desta ilustre candidatura! Não é qualquer candidato que dá o chouriço pelo eleitorado!"


P.S. Em Understanding media, McLuhan considera que os media são extensões dos sentidos do homem e das suas funções: a roda como extensão do pé, a escrita como extensão da vista, o vestuário como extensão da pele, os circuitos elétricos como extensão do sistema nervoso central . Ainda não era o computador, mas ele estava próximo de se tornar um elemento massificado.

terça-feira, 6 de março de 2007

Vai uma baba?

Se te convidassem para comer uma baba de camelo no Piolho você iria? Pois é, também estranhei, mas a baba é uma delícia, uma espécie de mousse de caramelo, que se aproxima muito do nosso doce de leite. Piolho é o nome de um bar/lanchonete que tem no Porto, ponto de universitários.

A receita é:

INGREDIENTES: 1 lata de leite condensado, 5 ovos 1 colher (chá) de essência de rum, 200 gr de castanha do pará sem sal, morangos para decorar

MODO DE PREPARO:
Cozinhe a lata de leite condensado em panela de pressão por aproximadamente 45 minutos, depois que a panela começar a fazer barulho. Retire da panela e deixe esfriar completamente (pode colocar em uma vasilha com água e gelo para esfriar mais rápido). Depois de fria abra a lata. Despeje em uma vasilha. Retire as gemas e reserve as claras. Passe as gemas na peneira e misture no doce de leite condensado. Bata até que se misturem completamente ( pode ser na batedeira). Bata as claras até que fiquem em ponto de neve, misture no doce , acrescente a essência de rum. Mexa bem. Em taças coloque castanhas de caju a gosto e despeje esse doce por cima. Leve à geladeira por mais ou menos 3 horas. Sirva gelado e decore com morangos ou como quiser.

Fonte: http://tudogostoso.uol.com.br/receita/11920-baba-de-camelo-irresistivel.html