sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Português angolanizado: entre o oficial e o nacional

Dez pontos de um artigo interessante que li ontem sobre o português em Angola. Por Joaquim Paulo da Conceição, publicado no livro Comunicação e Lusofonia (Campo das Letras).

1. Línguas angolanas, fator de resistência. As autoridades coloniais tiveram-na como algo a abater para destruir o sentimento nacionalista.

2. Censo feito após a independência (Anos 80) constatou: (a) 97,6% dos angolanos falam pelo menos uma das línguas nacionais, (b) 2% têm o português como língua materna, 70% falam exclusivamente uma língua angolana, (c) 28,7% podem falar tanto uma língua angolana como a língua portuguesa.

3. Rádio Nacional Angolana: órgão de maior alcance no domínio da comunicação em línguas angolanas.

4. Português usado como meio oficial de comunicação, língua de Estado, instrumento de internacionalização.

5. Ao longo dos anos o português foi incorporando termos das línguas nacionais, criação de um português angolanizado.

6. O espaço lusófono é uma área cultural e comunicacional.

7. É necessário conservar a língua portuguesa como bem comum dos mais de 200 milhões de falantes.

8. Existe uma linguagem aportuguesada e característica dos angolanos que tende a consolidar-se como um ramo da lusofonia.

9. Como ver o espaço cultural lusófono num mundo cada vez mais globalalizado?

10. Espaço lusófono abriga dois mundos. O mundo gigantesco de países como Brasil e Portugal e seus pólos tecnológicos, e o mundo da massa carente, dos despossuídos, como são os restantes membros da comunidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ziza, acho que vc tem que voltar e fazer uma campanha pela valoriza�o da L�ngua Portuguesa no Brasil. Ontem, na aula de alem�o, uma colega que trabalha com com�rcio exterior me perguntou como se escrevia xale e aonde fica o acento. D� para acreditar? beijos

ziza disse...

eu queria muito trabalhar em algo edificante, que pudesse ajudar as pessoas. Unir trabalho com esse apelo, algo que tivesse uma causa. Por isso eu larguei tudo, pq eu achava que o que eu tava fazendo não servia pra ninguém, só para a empresa mesmo. Mas nem sempre a gente consegue trabalhar no que quer. Aliás, isso é um privilégio de poucos, né? Eu tive sorte de conseguir ficar no mercado de comunicação sempre. Mas tem gente que estuda e nunca atua na área. Agradeço o que eu tenho, mas sempre peço a Deus que me coloque num caminho que eu possa ser mais útil. Um beijo amiga, te amo. Zi