As fontes para estudo sobre emigração guineense são raras, senão inexistentes. Assim sendo, para elaborar o tópico, os autores do Dicionário Temático da Lusofonia (Texto Editores, pág. 284) fizeram o estudo com base nos conhecimentos da realidade, e dos fenômenos de emigração, e épocas em que se realizaram. As únicas informações encontradas são do SEF (Serviços de Estrangeiros e Fronteiras).
O grande surto de imigração guineense deu-se em 1935 (Senegal e França) com as comunidades manjacas, tendo em vista reforçar os estudos, as pesquisas e a componente formativa, ou a melhoria das condições de vida, com muitos aderentes ao exército francês durante a II Guerra Mundial. Nos anos 50 esse surto dirigiu-se a Portugal, com a chamada primeira geração, cujo objetivo se prendia com a formação, a língua e a cultura portuguesas, como partes integrantes do sistema colonial.
A segunda geração nos anos pós-independência, com todas as conseqüências, concentrou-se em Loures, Amadora, Oeiras, Porto, Coimbra, Alentejo etc. Estima-se que a comunidade guineense residente em Portugal integre 50 mil pessoas divididas em três grupos: muçulmanos, cristãos (católicos e protestantes) e animistas. Segundo dados do SEF português, a mesma comunidade integrava em 2001 em Portugal 17.580 pessoas legalizadas, das quais 10.931 em Lisboa. As restantes estão espalhadas pelas zonas urbanas e do litoral, sendo certo que o número de ilegais ultrapassa o de legais.
Há ainda comunidades da diáspora guineense na Gâmbia, Guiné-Conacri, Espanha, Angola, EUA e Brasil.
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