Terminou hoje o evento II Jornadas Internacionais de Informação e Comunicação nos Mass Media, na UP. O encontro reuniu especialistas de Portugal e Espanha em debate sobre informação e conhecimento, tendo como principal pano de fundo a produção e o gerenciamento de conteúdos digitais. Além dos casos jornalísticos e empresariais, a eterna discussão sobre o futuro dos meios se perpetua. Entre as contribuições dos participantes, algumas considerações do diretor do jornal Público.
1. Estamos numa ponte. Mais cedo ou mais tarde o jornalismo de papel vai morrer. Só não sei em que ponto da ponte estamos. Daqui a 15 anos o jornal de papel será feito para um público minoritário. A grande massa de informação estará na internet. A floresta da informação na Internet é densa.
2. Não sou pessimista em dizer que a web 2.0 nivela por baixo. Mas receio que o jornalismo cidadão nos traga alguns problemas. E ainda, corremos o risco de perder a noção de médio e longo prazo, a estrutura da nossa vivência social. Mas o jornalismo de referência continuará a ter o seu lugar.
3. Sobre o texto para Internet. Li um estudo que me surpreendeu. Dizia que o leitor tem mais disposição para ler textos longos no meio online do que no papel. Ao contrário do que se pensa, quando o leitor abre o jornal e se depara com um texto de uma página ou duas ele desanima. Isso mostra que podemos fazer textos longos na Internet.
4. A memória tem um lugar central no jornalismo de referência.
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Um comentário:
Interessante essa parada sobre textos longos na Internet. No meu antigo trabalho dizia-se que o ideal era um texto de quatro parágrafos. Mas que isso, o internauta desistia de ler...
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