Coloquei minha língua no scanner
Para criar meu verbo digital
Zipei num e-mail
Comprimi a memória visual
Transmiti feito vírus
Meu pensamento sem palavra
Ninguém entendeu
A língua morta
Desarticulada
Músculo imóvel
Sem dor
Do sistema nervoso central
Ao computador
Tecnologia sem letra
É escrita em papel e caneta
Da minha língua
Vejo o mar tecnológico
Desdobrada em fios
Eletrodos e sílabas navegantes
( ZIZA, Porto, Janeiro 2008 )
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Um comentário:
Há sítios para colocar a lingua mais simpáticos do que um scanner.Mas ,claro, cada um faz o que quer com a sua lingua.
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