A palestra foi de grande valor. Mas estudante de jornalismo é sempre igual, seja no Brasil ou em Portugal. Enquanto o senhor Martínez claramente queria falar de literatura, os estudantes faziam questionamentos intermináveis cujas perguntas demoravam mais que o tempo que restava ao autor para as respostas. Os alunos entendiam o espanhol e o escritor não conseguia entender o português de Portugal. Então foi necessária a ajuda de um intérprete.
O escritor então sabiamente achou o ponto ideal de sua fala focando a explanação em Jornalismo e Literatura e falou sobre como foi descoberto através da literatura o processo de identificação do leitor. E que o novo jornalismo conta a verdade com a técnica da "novela".
- Para narrar é preciso olhar cada ser humano como se o estivesse descobrindo. A investigação é o laço que une jornalismo e literatura. Nesse processo, a imaginação se enfia nos espaços vazios da realidade. Mas é preciso dizer que a literatura é um ato de liberdade, e o jornalismo não. Escrever é muito mais perigoso que ler. A imaginação é muito mais perigosa que a realidade - lindo!
3 comentários:
Mas ele acha que jornalismo é literatura? Eu sou meio contra isso...Acho dois tipos de escrita diferentes. E vc, Ziza?
Oi Ju, pelo que eu percebi ele acha que o jornalismo de papel hoje tem uma tendência em assumir um apelo mais narrativo, já que o aspecto factual "perde" para o online em termos de velocidade, tendo em vista os serviços de tempo real. Eu acho interessante a função da investigação como elemento estrutural dos dois processos, mesmo tendo lógicas diferentes. (Te adoro, saudades amiga!)
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