Celso Amorim anunciou criação da Universidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a ser construída no Nordeste do Brasil, afirmando que a promoção da Língua Portuguesa é uma prioridade. Metade dos alunos seria brasileira e os demais 50% oriundos de países da CPLP.
Fonte: CPLP
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Do Ceará para Cabo Verde
Três brasileiros seguem para Cabo Verde este ano com intuito de ajudar técnicos a estruturar o Centro de Formação da Ilha do Fogo e inaugurar cursos nas áreas de Construção Civil, Meio Ambiente e Telecomunicações.
Professores selecionados do CEFET do Ceará para a primeira parte da cooperação do acordo assinado entre os dois países em junho de 2007: Claudionor Lima de Oliveira, Antônio Eduardo Bezerra e Raimundo Benvindo Comes.
Fonte: MEC
Professores selecionados do CEFET do Ceará para a primeira parte da cooperação do acordo assinado entre os dois países em junho de 2007: Claudionor Lima de Oliveira, Antônio Eduardo Bezerra e Raimundo Benvindo Comes.
Fonte: MEC
quinta-feira, 24 de abril de 2008
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Acorda!
Em recente evento no Porto sobre o Acordo Ortográfico (AO), falou-se que o Brasil mostra grande generosidade por não colocar em sua Constituição "Língua Brasileira" e manter "Língua Portuguesa". Existe um fato que faz o AO ser inevitável em termos políticos. Se o Brasil proclamasse sua independência linguística munido de sua variante própria a Língua Portuguesa teria menos aproximadamente 183 milhões de falantes e não seria mais a sétima no ranking mundial. Assim sendo, para Portugal trata-se de uma questão estratégica de defesa do idioma. E ainda, tendo já ratificado o AO de 1990 Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, segundo protocolo modificativo que permite a entrada em vigor do documento com três signatários, Angola, Moçambique e Timor ficam na incógnita.
Moçambique avalia a ratificação, mas não apresenta data. O escritor Agualusa defendeu a escolha, em Angola, pela ortografia brasileira "caso o acordo não seja aplicado por resistência de Portugal". Já Mia Couto é contra o documento alegando que "há tanta exceção, omissão e casos especiais que não traz qualquer mudança efetiva".
O acordo traz muita indignação à sociedade portuguesa, que não entende e não se vê adotando as alterações propostas no dia-a-dia. O português europeu sofreria 1,6% de alterações (2.600 palavras) enquanto no Brasil o impacto é de apenas 0,5%.
No evento, enquanto as alterações eram explicadas, a platéia de estudantes murmurava frases como "Isto é ridículo, isto é terrível!". Me senti em uma verdadeira aula de catequese cultural.
Uma das oradoras do encontro disse que Portugal precisa agir urgentemente com influência cultural sobre o Brasil e em África. Então perguntei a ela se essa mentalidade não reflete aquele caduco discurso colonizador - colonizado. Sendo a única brasileira no local, criou-se uma espécie de mal-estar. (Não dá para ouvir esse tipo de coisa e ficar calada).
Histórico do que Malaca Casteleiro comparou à Guerra dos Cem Anos:
O histórico da ação do AO reflete uma sucessão de entraves. Em 1911 Portugal decide promover uma reforma ortográfica que aboliu consoantes mútuas, entre outras medidas de simplificação da escrita. A atitude se deu sem comunicar ao Brasil. Assim foi implantada a dualidade das normas. Deu-se a grande divisão de percursos. Em 1931, 20 anos depois, ocorreram algumas negociações para incluir o Brasil e foi assinado então um acordo preliminar que adotava o modelo de 1911. Em 1943, uma Comissão Ortográfica deu origem ao AO de 1945, que o Brasil não assina. Em 1971 há assinatura de um novo acordo que aproximou mais as ortografias e em 1990 chega-se ao acordo em seu modelo atual. Em março de 2008, o governo português emite sua aprovação e dá o prazo de seis anos para realizar a transição e adotar as medidas. (Com isso, a situação vai se prolongar e cria-se o período - 1911 a 2011 - Guerra dos Cem Anos das palavras).
Moçambique avalia a ratificação, mas não apresenta data. O escritor Agualusa defendeu a escolha, em Angola, pela ortografia brasileira "caso o acordo não seja aplicado por resistência de Portugal". Já Mia Couto é contra o documento alegando que "há tanta exceção, omissão e casos especiais que não traz qualquer mudança efetiva".
O acordo traz muita indignação à sociedade portuguesa, que não entende e não se vê adotando as alterações propostas no dia-a-dia. O português europeu sofreria 1,6% de alterações (2.600 palavras) enquanto no Brasil o impacto é de apenas 0,5%.
No evento, enquanto as alterações eram explicadas, a platéia de estudantes murmurava frases como "Isto é ridículo, isto é terrível!". Me senti em uma verdadeira aula de catequese cultural.
Uma das oradoras do encontro disse que Portugal precisa agir urgentemente com influência cultural sobre o Brasil e em África. Então perguntei a ela se essa mentalidade não reflete aquele caduco discurso colonizador - colonizado. Sendo a única brasileira no local, criou-se uma espécie de mal-estar. (Não dá para ouvir esse tipo de coisa e ficar calada).
Histórico do que Malaca Casteleiro comparou à Guerra dos Cem Anos:
O histórico da ação do AO reflete uma sucessão de entraves. Em 1911 Portugal decide promover uma reforma ortográfica que aboliu consoantes mútuas, entre outras medidas de simplificação da escrita. A atitude se deu sem comunicar ao Brasil. Assim foi implantada a dualidade das normas. Deu-se a grande divisão de percursos. Em 1931, 20 anos depois, ocorreram algumas negociações para incluir o Brasil e foi assinado então um acordo preliminar que adotava o modelo de 1911. Em 1943, uma Comissão Ortográfica deu origem ao AO de 1945, que o Brasil não assina. Em 1971 há assinatura de um novo acordo que aproximou mais as ortografias e em 1990 chega-se ao acordo em seu modelo atual. Em março de 2008, o governo português emite sua aprovação e dá o prazo de seis anos para realizar a transição e adotar as medidas. (Com isso, a situação vai se prolongar e cria-se o período - 1911 a 2011 - Guerra dos Cem Anos das palavras).
segunda-feira, 7 de abril de 2008
fados e fardos
“Só a cultura européia pretendeu que o tempo de Deus fosse o tempo dos homens. Quando este desafio prometeico perdeu a sua razão de ser, tendo-se o homem tornado para si mesmo um fardo mais pesado que Deus, a nossa sede pareceu extinguir-se”.
(Eduardo Lourenço, Jornal de Letras, Ano XXVII, número 974).
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